Marketing Opus 29/08/2019

Cinco lições aprendidas com o filme Toy Story 4

Por Lélian Garrido

Assisti a todos os filmes Toy Story, sem exceção, e em todos eles me emocionei. Sou muito fã de desenhos animados em geral, especialmente os da Disney e todos nós sabemos sobre as diversas mensagens que os filmes, principalmente os infantis, nos ofertam. Mas no meu caso, quando meu filho nasceu esse interesse que já era muito forte foi aumentando de maneira exponencial. Eis que mais uma vez cumprindo nossa jornada de estarmos sempre juntos, eu e meu filho assistíamos a um novo filme da série de filmes Toy Story quando ao final da animação ele percebeu lágrimas caírem do meu rosto.

Tudo bem que não é difícil eu chorar em filmes, mas Toy Story 4 me levou a escrever este artigo pela clareza das diversas mensagens e lições que o filme nos passa. Nos leva a lembrar acima de tudo daquilo que deixamos para trás à medida que crescemos e como permitimos que nossa criatividade e nossa liberdade, tão fortemente explorada pelas crianças, diminua ao longo do tempo por conta do amadurecimento.

Lição 1 – Não se deixa um brinquedo para trás. Não se abandona um amigo.

O Cowboy Woody é deixado de lado pela criança que costumava brincar com ele e sem desistir de sua amiga, ele a ajuda a criar um novo brinquedo feito com sucatas, o Garfinho, que a consola em seu primeiro dia de aula. O Garfinho não se vê como um brinquedo e foge assustado. Woody então vendo a tristeza de sua amiga Bonnie e a importância que o novo brinquedo tinha para ela, sai em uma busca para tentar recuperar o Garfinho. É nessa jornada que Woody vai entendendo as transformações da vida e enxergando a oportunidade de viver novas experiências. Esta lição nos leva a refletir sobre a liquidez das relações atuais e sobre o quanto estamos de fato dando a verdadeira atenção e importância para quem amamos e quem nos ama.

Estamos realmente escutando as pessoas ao nosso redor, ampliando assim nossa visão e percepção quando precisam da nossa ajuda e do nosso apoio? Estamos deixando de lado nosso orgulho e vaidade para ajudar quem amamos? Olhe ao seu redor, não deixe passar despercebido qualquer possibilidade de fazer pelo outro uma boa ação, independente do retorno que terá com ela. Quem faz o bem recebe o bem.

Lição 2 – Adapte-se a mudança.

Como demonstrado no filme, o novo sempre chega e a certeza que temos é que tudo se transforma, tudo está em movimento. E a lição dessa vez está em não resistirmos às mudanças e sim aceitá-las de peito aberto. Está em ressignificar o desconhecido para ganharmos tempo e aproveitarmos melhor a vida. A mudança é um fato que vivenciamos todos os dias e que, como sempre digo na minha frase: “Você pode até colocar o pé na porta para que a mudança não entre, mas eu lamento em dizer que ela vai arrombar e arrebentar a porta que você com tanta força tenta segurar.” Veja a mudança como uma grande oportunidade de viver o novo, precisamos enxergar primeiramente o lado positivo da mudança, pois muitas vezes ela nos surpreende e nos dá a possibilidade de explorar novos aprendizados.

Lição 3 – Acredite, você tem voz.

Trago como um exemplo do filme a busca interminável dos brinquedos por terem uma voz, situação apresentada pela boneca Gabby Gabby, que acreditava que nenhuma criança lhe daria atenção enquanto a sua caixa de voz não fosse consertada. E o que falar da voz interior que todos nós temos e que o brinquedo Buzz Lightyear menciona tanto durante o filme? Trata-se da nossa intuição, do que diz o nosso coração.  A voz aqui não está só relacionada ao que se verbaliza, mas entender como nosso comportamento e nossas vontades podem falar mais alto do que a maioria das palavras.

E é quando nos calamos, quando deixamos de dizer o que pensamos e de fazer o que queremos por acreditar que não somos bons o suficiente ou não seremos aceitos, é exatamente aí, quando deixamos de ser quem somos que a voz dentro de nós vai deixando de ser ouvida até se apagar. E com isso percebi que quando acreditamos que sempre falta algo e que sempre tem algo que precisa ser melhorado antes de darmos início ao plano, ao projeto, àquela ação pendente, o tempo vai passando, sua meta não é atingida e o que te deixa feliz acaba por não ser realizado.

Lição 4 – O poder da mulher.

Não posso deixar de tratar aqui o empoderamento feminino que está também muito presente no filme. Como é o caso da boneca Betty, que mesmo sendo doada e tendo que viver numa realidade diferente da que estava acostumada, se adaptou rapidamente entendendo que tinha que viver novas experiências. Após isso, Betty é abandonada novamente e ao invés de se vitimizar e ter pena de si mesma, ela mostra independência e coragem de viver a vida de uma maneira diferente. Mais uma vez aqui vemos a necessidade da adaptação às mudanças.

Vemos na bonequinha Betty o que nós mulheres precisamos ter em mente; a comprovação de que não vale a pena buscarmos no outro a felicidade e a motivação para viver e a demonstração de que apesar das limitações sociais que nos são impostas todos os dias devido às estruturas patriarcais entranhadas no cotidiano humano, nós mulheres podemos fazer tudo o que queremos, ser tudo aquilo que quisermos e podemos sempre alcançar tudo o que sempre sonhamos sem depender de outra pessoa pra isso. Betty a boneca pastora foi uma representação de força, determinação e um exemplo caricato de como ser destemida diante das adversidades da vida, coisa que as mulheres fazem com muita maestria diariamente desde sempre.

Lição 5 – Se você não se valorizar, ninguém fará isto por você.

Voltando a falar sobre o Garfinho, o brinquedinho “foragido”. Esse momento do filme mexeu muito comigo, pois ver um objeto antes considerado lixo ganhando uma nova finalidade na vida, outro fim, me faz pensar na tamanha importância de ressignificar algumas coisas e de seguir em frente sempre. Isso me levou a lembrar das vezes em que deixamos de nos valorizar, de valorizar a nossa vida, nossas conquistas, nossos sonhos e como em dado momento nos enxergamos como lixo e não percebemos mais o quanto somos amados.

Essa prática autodestrutiva de se sentir inferiorizado ocorre por diversos fatores, e até natural que tenhamos dias ruins em que não acordamos tão bem, mas precisamos ficar atentos para virar a chave quando isso passar (e aqui quero destacar o fato do quanto é importante acreditarmos no nosso valor, no valor da nossa vida e no quanto devemos ser gratos).

Se você situacionalmente estiver se sentindo assim, esquecendo-se de dar valor para as coisas que aconteceram, ou acontecem na sua vida, pelo que você faz ou fez no seu caminhar e pelas experiências que você teve, é importante que você saiba que o valor de fato não está no que você fez de bom ou de ruim, mas sim no quanto você aprende com seus erros e acertos.

No filme Toy Story 4 Woody entende que não precisa de um dono para justificar sua existência, e sim de amigos. Que o medo da rejeição é criado pela sua mente e a partir daí consegue entender sua própria identidade. Compreensão de que nossas imperfeições também nos fazem ser amados exatamente por sermos nós mesmos. Fica explícito que o filme aborda temas como lealdade, mudança, protagonismo, empoderamento feminino, trabalho em equipe e o mais impactante: a ressignificação do propósito da vida, que é algo que tem sido imensamente discutido pelas pessoas e organizações. Enfim, importante mesmo é saber que existe sempre espaço para todos se divertirem juntos e manter as boas memórias.



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